Para celebrar o dia 25 de julho, conheça histórias de mulheres que protagonizam e incentivam a luta por igualdade racial.

Em 1992, a República Dominicana sediou o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, que reuniu grupos feministas negros de 32 países – incluindo representantes brasileiros. O que começou como um evento para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra opressão de gênero, exploração e racismo em terras latino-americanas resultou na criação de uma data extremamente importante: o dia 25 de julho passou a ser reconhecido como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Em 2014, o Brasil estabeleceu que, nesta mesma data, seria celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, que compartilha os mesmos objetivos da data criada em 1992. Tereza de Benguela é um dos maiores símbolos de resistência do País: líder do Quilombo de Quaritê, no Mato Grosso, ela ajudou a proteger mais de 100 pessoas negras indígenas a fugir da escravidão no século 18.

Para celebrar a data, a coluna Mulheres que Inspiram seleciona uma gama de mulheres que protagonizam e incentivam a luta por igualdade racial. Veja abaixo e conheça mais histórias inspiradoras disponíveis na tag:

Zelma Madeira

Foto: Igor Reis

Doutora em Sociologia, Zelma Madeira criou, em 2010, e coordena até hoje, o Laboratório de Afrobrasilidade, Gênero e Família (Nuafro), na Universidade Estadual do Ceará (Uece) e, em 2015, entrou na gestão pública estadual, assumindo uma coordenadoria responsável por criar políticas de igualdade racial.

Hoje, como assessora especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais, Zelma se vê no papel de estabelecer pontes e diálogos. “Quando estudo os contextos, eu entendo porque já vivi aquilo e consigo chegar nessas pessoas que estão nas bordas do sistema.” Clique aqui para conhecer melhor sua história.

Jaqueline Fernandes

Foto: Arquivo Pessoal

Jaqueline Fernandes, especialista em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça e em Estudos Afro Latino Americanos e Caribenhos, criou o Festival Latinidades, que celebra o fazer cultural de mulheres negras e indígenas em um evento que reúne shows, gastronomia, literatura e exposições. O evento resultou na criação do Instituto Afrolatinas e, neste ano, na Casa Afrolatinas. Leia entrevista com Jaqueline na íntegra.

Jarid Arraes

Foto: Divulgação

Autora de “As Lendas de Dandara”, “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”, “Um Buraco com Meu Nome” e “Redemoinho em Dia Quente”, com o qual concorreu ao Jabuti e ganhou tantos outros prêmios, Jarid Arraes ressalta a importância do reconhecimento da região através da arte, que impulsiona o vocabulário caririense, as cores da terra, paisagens, texturas e cultura local. Conheça seu trabalho.

Jandaraci Araújo

Foto: Divulgação

Jandaraci Araújo é Conselheira Independente de Administração do Instituto Inhotim e do Instituto Tomie Ohtake e cocriou o Conselheiras 101, programa que visa a inclusão de mulheres negras em conselhos de administração. Leia uma reflexão sobre os desafios do mundo corporativo enfrentados por mulheres negras.

Safira Moreira

Safira Moreira – Foto: Divulgação

Safira Moreira é fotógrafa e cineasta baiana que explora a imagem e a força de pessoas negras em seus trabalhos. É dona do curta-metragem “Travessia”, em que exibe a história da mãe e da avó. “Tem uma fala da Bell Hooks que ela diz que ‘ao termos coragem de olhar, nós desafiadoramente declaramos: Eu não só vou olhar. Quero que meu olhar mude a realidade’. Acho que esse é meu desejo com a imagem e o cinema. Criar uma cartografia negra, um espaço para se navegar entre o passado e o presente-futuro”, afirma. Saiba mais sobre a cineasta.

Erica Malunguinho

Erica Malunguinho – Foto: Nego Júnior/Divulgação

Primeira deputada trans eleita no Brasil, a parlamentar levou para a pauta a resistência dos povos oprimidos. Até aqui, Erica Malunguinho é a política que mais arrecadou valores para o apoio às comunidades LGBTQIA+ e quilombolas, assim como obteve destaque à frente de movimentos pela luta por moradia e em favor da proteção à população negra. Conheça mais sobre o trabalho da deputada.

Abdulay Eziquiel

Foto: Divulgação

Abdulay Eziquiel fez especializações em cirurgia geral, plástica e microcirurgia, tornou-se professora do hospital da Gamboa, no Rio de Janeiro, speaker da Merz Farmacêutica e integrante do Grupo IFÉ, que também tem em seus quadros a cardiologista Aline Tito, a ginecologista Cecília Pereira, a dermatologista Júlia Rocha e a oftalmologista Liana Tito Francisco. Conheça mais sobre a iniciativa.